Edição de Texto e Crítica Filológica

Neste livro foram reunidas diferentes possibilidades editoriais, ensaiadas e testadas em distintos, mas muito próximos, contextos de pesquisas filológica: a edição crítica em perspectiva genética; a edição genética; a edição interpretativa e uma proposta de edição sinóptica, acompanhadas de um exercício crítico, denominado filológico, uma vez que instaura seu lugar de enunciação nas materialidades em que os textos se escrevem e se inscrevem. Dessa forma, o primeiro capítulo trata o problema da (im)possibilidade de definição precisa do termo Filologia. O capítulo seguinte traz uma proposta de edição crítica em perspectiva genética, a qual concilia duas metodologias – a crítica textual e a crítica genética – e objetiva o estabelecimento de um estado de texto, sem, no entanto, desconsiderar sua pluralidade de versões. No terceiro capítulo, apresenta-se um modelo possível para a construção de uma edição genética e no quarto, uma proposta de edição interpretativa em meio digital, a qual, a partir de critérios estabelecidos criticamente, permite que o editor, como leitor e crítico, intervenha no texto, indicando gestos de leitura, possibilidades intertextuais, comentários de ordem mais geral ou técnicas. No capitulo final, propõe-se a leitura de parte da história da peça de teatro Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá, a partir do confronto sinóptico de dois testemunhos desta, um de 1971, outro de 1975, ambos submetidos ao Serviço da Censura.