Eficiência hospitalar: Uma análise dos hospitais militares do Brasil

As informações apresentadas no 8º Congresso de Controladoria e Finanças da UFSC sobre os desafios gerenciais do Sistema de Saúde de Marinha associadas à questão da pandemia do coronavírus covid-19 em 2020 propiciou e instigou a necessidade de pesquisas acerca da alocação de recursos nas instituições de saúde, sejam civis ou sob administração militar.

A importância sobre o tema vem aumentando continuamente com o aumento da demanda dos serviços médicos militares que estão consumindo maior percentual de orçamento alocado à Defesa Nacional. A carência de controle administrativo e de pesquisa sobre essa situação pode provocar redução dos gastos finalísticos das Forças ou representar um prenúncio da degradação desse Sistema de Saúde em caso de subinvestimento.

O estudo contínuo sobre os beneficiários e as formas de alocação de recursos visando o médio-prazo teria o papel de contribuir para a melhor decisão dos gestores públicos que estão sendo alvos de constantes de restrições orçamentárias, as quais tendem a ficar mais rigorosas em razão da Emenda Constitucional nº 95/2016. A reflexão sobre a alocação dos recursos públicos tende se tornar o grande eixo ao se considerar que as atividades passíveis de corte serão cada vez menores, sendo a aplicação efetiva e eficiente a principal ferramenta na melhoria e no aumento do fornecimento de serviços médicos e hospitalares.

Dessa forma, este trabalho contribuirá com maior compreensão sobre como os recursos públicos federais são aplicados e quais são as oportunidades de melhorias, tendo em consideração um contexto financeiro e social de maior demanda de serviços de saúde em contraposição à limitação fiscal. Ao ler este trabalho, o leitor entenderá também o funcionamento desse Sistema de Saúde Militar e a sua importância não só para os seus integrantes, mas também para milhares de brasileiros que se encontram distantes dos grandes centros urbanos.