Elefantes Não Tocam Campainhas

Apesar do título, devo esclarecer que esse livro não tem nada a ver com nossos amigos cinzas e grandalhões e sim uma referência a um ditado popular muito utilizado na América do Norte. O ditado, em tradução livre, “um elefante na sala”, costuma ser usado nos casos em que há um problema ou uma situação delicada, mas ninguém parece dar atenção a ele, ficando aquele clima mesclado de vergonha, constrangimento e tensão. O assunto em questão é de conhecimento de todos, assim como um elefante numa sala, não tem como não vê-lo. A importância e seriedade do problema é metaforizado pelo tamanho do animal, bem como a intensidade do incômodo que ele causaria no ambiente.

Este livro está longe de ser apenas para pessoas com o diagnóstico ou que já tiveram câncer. Quando pensei em escrevê-lo, tive em mente não só a luta contra essa doença em si, mas também contra os tabus e angústias que nos cercam pela simples menção da palavra CÂNCER. Apresento aqui nada mais que meu ponto de vista, experiências próprias e como reagi a muitas das mudanças que esse tornado trouxe à minha vida. São crônicas curtas cujo contexto, até hoje, permeia minha realidade. Escrevi este livro, não para encontrar pessoas parecidas comigo, mas para mostrar que há sempre mais de uma forma de se encarar os problemas.

Crônicas