No século IV d.C., a religião cristã torna-se preponderante no Império Romano de Bizâncio e o imperador cristão Teodósio I decreta o fechamento de todos os templos pagãos existentes sob o seu domínio. O fechamento traz uma consequência inesperada: a escrita hieroglífica, ainda viva até então, deixa bruscamente de ser compreendida. A decisão é ainda mais grave porque em 47 a.C. um incêndio havia destruído a biblioteca de Alexandria e mais de 700 mil volumes — muitos deles relativos ao Egito dos faraós — foram perdidos. No ano 450 da nossa era ninguém mais lê ou compreende os textos do Egito antigo. Tudo o que os egípcios escreveram em grego, para tornar conhecido seu país aos estrangeiros, desaparece.
No livro Em Busca do Egito Esquecido, o arqueólogo francês Jean Vercoutter — um dos maiores nomes da egiptologia francesa de todos os tempos — percorre as linhas mestras de uma das mais palpitantes aventuras da arqueologia contemporânea: o resgate da história do Egito dos faraós.
História / Não-ficção