Os contos de fadas folclóricos publicados por Perrault na França do século XVII tornaram-se internacionalmente conhecidos e marcaram o início da literatura infantil. A importância das funções femininas nas narrativas levou princesas, bruxas e fadas a veicularem a ideologia familista burguesa que se definia, pois supriam as necessidades psíquicas e morais de uma sociedade que começava a valorizar o papel da mulher e da criança, com o objetivo de submetê-las ao poder masculino. Neste ensaio, a autora busca analisar o papel que essas figuras femininas exerceram nos contos de Perrault.