“Todos os homens, por natureza, desejam conhecer”. É com a
universalidade desta capitular que Aristóteles abre a Metafísica.
Contudo, desde sempre a filosofia, maravilhada com este desejo e
com o ser a dar-se-lhe de tantos modos, se confrontou, seja por
razões psicológicas, históricas, lógicas ou metafísicas, com a afirmação
do malogro deste mesmo desejo em domínios que pareciam
ser a sua “vocação natural”. Podemos mesmo afirmar que é no
terçar armas com a afirmação de tal malogro que grande parte do
labor filosófico (passe a ambiguidade que tal labor pôde assumir)
se constituiu ao longo dos tempos.
Religião e Espiritualidade