Em um com o impulso

Em um com o impulso Vladimir Safatle


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Em um com o impulso (Experiência estética e emancipação social #I)





Em um com o impulso é o primeiro volume de uma tríade dedicada à reflexão sobre a experiência estética. Seu eixo procura compreender a articulação profunda entre o que está em jogo na produção artística e as expectativas de emancipação social. Como se o horizonte de nossa emancipação fosse, em uma dimensão fundamental, uma produção estética. Como se algo de decisivo em nossa ideia de liberdade se construísse a partir dos desafios postos pelo campo de obras de arte que acompanham nossas sociedades.

Este volume privilegiou rediscutir o processo complexo de consolidação da autonomia estética. E, para tanto, certas precisões históricas são necessárias. A principal delas consiste em lembrar que esse debate nasce no interior da estética musical, que ele pede então uma confrontação demorada com obras musicais dos séculos XVIII e XIX. Principalmente, isso significa entender que é possível procurar, nas decisões técnicas da forma musical, os caminhos para uma noção de autonomia distinta da autonomia moral, pois estranha a noções como autolegislação e autogoverno.

Outros antes de nós já expressaram o estranhamento de vivermos em uma sociedade na qual até mesmo a liberdade é pensada sob a forma da lei. É que esses foram capazes de escutar certo modelo alternativo de autonomia produzido pela experiência musical. Lembrar disso hoje não é mera operação historiográfica. Antes, é uma forma de mobilizar a reconstrução da tradição para abrir espaço ao que os processos de sujeição cultural em nossa sociedade capitalista procuram negar com todas suas forças. Pois toda transformação é um movimento, ao mesmo tempo, para a frente e para trás.

Artes / Filosofia / Música / Psicologia / Sociologia

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on 20/7/23


A crítica à abstração é reacionária: "[...] certas correntes estéticas herdarão da política conservadora e reacionária essa desconfiança em relação à abstração. Pensemos, por exemplo, na afirmação de críticos de arte contemporâneos que terão em vista a defesa de alguma forma de 'realismo', como Pierre Restany, ao afirmar que: 'a arte abstrata recusava por definição todo apelo da realidade exterior: a arte de evasão e recusa do mundo, ela correspondeu à manifestação extrema de uma visão... leia mais

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