Esta obra foi gestada em tempos sombrios. O resultado é esta coletânea de textos em que os autores retratam e questionam os processos civilizatórios vigentes. Os diálogos transculturais nos instigam a enxergar no escuro.
O saber mítico de matriz africana abre esta antologia com o professor Jorge Zacharias.
O arquétipo do “esperançar’’ é apresentado na cosmovisão cabocla por Carla Contrucci.
A Dra. Mary Marcondes nos presenteia com o conceito de Saúde Única –“One Health”- alinhado com a cosmologia dos povos tradicionais junto à teia sistêmica da vida.
David Popygua Guarany e Daniel Munduruku trazem no saber de suas etnias as práticas ancestrais para o “bem viver”.
Na tradição indígena Tupinambá, o Cacique Ramon e Nádia Akuã retratam o território como legado de cura.
A professora Cida Honório, mulher preta e educadora da Brasilândia, transforma relatos de vida em compromisso social.
A contribuição de Daniela Laskani e Fabiana Grazi é o saber interconectado da Ecopsicologia como ferramenta vital.
As práticas de regeneração do solo e educação ambiental são o legado de Cláudia Visoni.
A crise sistêmica do patriarcado, como civilização transitória é comentada por Valéria Sanchez.
A proposição dos símbolos como “pharmakon” é a contribuição de Jorge Miklos.
A professora Selma Rocha relata o desmonte da educação democrática.
A contribuição de Arnaldo Cardoso traz no legado de Edgar Morin a educação por uma nova ética, na religação dos saberes.
As temáticas encontram guarida e sustento no bojo da Psicologia Analítica em confluência com a alteridade. Nas entrelinhas dos capítulos, aspectos psico-sócio-político-ambientais são inseridos pelos autores e trazem informações, críticas, senhas e desafios ao leitor.
Política / Sociologia