O filósofo italiano Mario Perniola discorre nas páginas de "Enigmas" sobre o problema do tempo presente. Perniola entrevê na arte e na civilização egípcia, partindo do princípio de que foi típica da civilização egípcia, a tendência em compreender numa única dimensão temporal o antigo e o novo, colocando-os um ao lado do outro e deixando aberta a contradição que disso deriva. Mario Perniola nos propõe que o passado no presente vive, ou melhor, sobrevive fisicamente nesse turbilhão de imagens no qual nossa sociedade se constitui.