Siga a agulha, entrando e saindo do pano, que deixa um rastro de linha colorida. Pega, pega! Não a deixe escapar. Pelo caminho, ela prega botão, faz bainhas, borda, desenha: zig zag zig zag zig zag - trem com maquinista-costureira, vai seguindo o trilho-risco do bordado. Cerca daqui, escapa dali, se enfia em túneis de pano, reaparece do outro lado, se esconde novamente, ressurge. Deixa para trás escritos de fumaça - poesias. (...) Saboreie devagar, ponto por ponto: Entre Linhas - um belo livro. (Marcelo Xavier)
Poemas, poesias