"Between Planets", 1955. Hoje sabe-se que Vénus é um mundo de pesadelo, coberto por nuvens espessas, e em cuja superfície, varrida por ventos de pesadelo, há temperaturas tão altas como as do Inferno. Quando Robert A. Heinlein escreveu ENTRE PLANETAS, supunha-se que Vénus bem era diferente - uma segunda Terra, talvez habitada, talvez coberta d seres semelhantes aos que tinham existido no nosso planeta, milhões de anos atrás. Ou talvez inteligentes.
Poderá considerar-se ultrapassada uma obra de ficção-científica que apresenta Vénus sobre essa visão que foi clássica? Certamente que não. O que importa são os pormenores, não é o sonho. É a análise das relações entre os homens, tal como os conhecemos, e as inteligências que não conhecemos. É, acima de tudo, o autêntico cântico em louvor da liberdade, que se encontra em ENTRE PLANETAS. Porque essa obra de Heinlein - talvez o autor de ficção-científica mais admirado no mundo - é um verdadeiro panfleto anti-colonialista. Ainda que situado num futro em que as colónias são os planetas do Sistema Solar.
Ficção científica