Eles estiveram no centro do furacão que era a paris de 1920 e nunca deixaram que a festa terminasse.
Gerald e Sara Murphy formavam "o casal de ouro" dos anos vinte. Ao deixar os Estados Unidos e estabelecer-se em Paris e Antibes, encarnaram o espírito livro e "moderno" de seu tempo. Anfitriões admiráveis, fizeram gravitar ao seu redor homens e mulheres cruciais na história da arte e da cultura do século 20: inspirado neles, Scott Fitzgerald escreveu suave É a Noite, Sara, duas vezes modelo de Picasso, exerceu duradouro fascínio sobre Ernest Hemingway. A inflência dos Murphy residia numa qualidade indefinível mas palpável a todos os que os conheceram - "a vida brilhava onde quer que eles estivessem", disse a seu respeito Archibald Macleish.
Esse intenso poder de sedução está presente em cada página desta biografia, que acompanha a trajetória de Gerald e Sara da infância à maturidade, quando se viram tocados pela tragédia e assistiram altivamente à irreversível derrocada do universo dourado em que viviam.