Em um tratado do século 13, “Menorat Hamaor”, atribuído a Nachmanides, há um capítulo sobre a santidade das relações sexuais entre os cônjuges. Ele diz: “Um homem não deve considerar a união sexual como algo feio ou repugnante, porque, então, blasfema a Deus. As mãos que escrevem uma santa Torá são celebradas, enquanto as mãos que roubam merecem nosso repúdio. O mesmo acontece com o corpo e com os órgãos sexuais. São moralmente neutros; seu valor moral depende do que se faz com eles”.
Dante e Heloisa escrevem com eles, transmutados em versos, um hino ao amor e ao sexo, dedicado àqueles que ousam, aos que se atrevem, se arriscam a viver sem medo de amar.