Estaca zero e outros desvios de percurso

Estaca zero e outros desvios de percurso Marina Rima


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Estaca zero e outros desvios de percurso





Conheci as Rimas dela na primavera de dois mil e dezessete, ainda antes do nascimento da Vênus, e naquela época os versos já não me pareciam cindidos ao meio, mesmo Marina sendo a poeta concreta concretizada. É verdade que seu eu lírico insistia nas encruzilhadas, nos lados menos claros das estradas, nas brincadeiras arriscadas, nas verdades extravasadas, nas dúvidas, nas tentativas, no amor maiúsculo e, invariavelmente, nos erros. Mas não era possível afastá-lo da mulher-Marina, que era, ao contrário, uma força que só avançava, domando de imediato cada ambiente em que adentrava, preenchendo cada pessoa que conhecia, como é certo que continua a fazer, sempre esvaziada de medos.

De volta à estaca zero, re(pensada/imaginada/visitada), as palavras dela também carregam e transmitem esse poder que Marina encerra em si. Porque se o amor se esconde na neblina fina entre a areia e o mar, não é esse o lugar que a poesia da vênus-construída agora habita. Certa de todos os passos que deu depois de sair da concha marinha e se lançar à vida, ela é capaz se reconhecer que seu mundo é dentro de casa, que só se vive dentro de si. E é partindo desse porto que os seus poemas deste novo livro vão promover o exercício de fazer com que os leitores viajem, mesmo que à deriva.

Gabriela Antônia Rosa

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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Maria Luiza Machado
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08/05/2019 21:04:21

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