Pimentas, frutas e outros vegetais são imersos em água, vinagre, sal, óleo e encerrados em potes herméticos ou latas, que nos permitem saborear alimentos fora de época ou até mesmo em lugares muito distantes daqueles em que foram produzidos.
O almoço de domingo, a mesa de todos os dias, o canto do café, o happy hour, e tantas outras reuniões que promovemos são frascos de conservas das nossas relações. Museus, bibliotecas, acervos, cartórios, livros, enciclopédias, são compêndios que preservam história, saberes, hábitos, atos civis.
Conservação pode ser tida como uma palavra de desconforto, remetendo-nos a um quintal que deve ser varrido e rastelado periodicamente, ou a hábitos cotidianos de higiene, como escovar os dentes, tomar banho e, quem sabe, hábitos domésticos, como lavar louças, lavar, estender e passar roupas.
Conservas preservam, mantêm e aumentam a vida útil das coisas. Elas habilitam as pessoas ao autogerenciamento, à saúde, ao pensamento e à reflexão. Sem a conservação de disciplinas e valores, estaremos fadados ao acaso, ao vazio existencial, ao viver aleatório e sem rumo.
As doses diárias que se seguirão são convites a um dia e um viver mais presente, grato e regulado.
Com uma abordagem centrada na Bíblia Sagrada e com apontamentos do cotidiano, recomenda-se a leitura diária, como meio de reflexão periódica na realidade pulsante que nos cerca e nos chama o tempo inteiro para respirar e sentir que a vida já está acontecendo.
Religião e Espiritualidade