Rubem Braga, talvez o maior cronista brasileiro de todos os tempos, costumava dizer que os jornais esquecem de noticiar uma coisa muito banal: a vida. Um cronista dos dias de hoje, porém, sempre pareceu ir contra esta corrente, ao fazer dessa mesma vida o tema por excelência de seus artigos e observações. Usando como matéria-prima as emoções e os sentimentos que os fatos em si só fazem corroborar, Marina Colasanti há anos observa e analisa com lucidez uma variedade de assuntos. Para todos oferece comentários que provocam reflexão, por não segregar o discernimento da emoção.
As crônicas de Marina fazem parte de um conjunto que a autora constrói por meio de suas diversas atividades – jornalismo, televisão, literatura em prosa e verso e artes plásticas. Nelas, os fatos e as questões do dia-a-dia são tratados com emoção e objetividade. Eu sei, mas não devia é uma coletânea em que a habilidade da autora no trato de assuntos tão diferentes como amor, meninos de rua, solidão aparece de forma contundente.
Crônicas / Ficção / Literatura Brasileira