Ângela Calou já encontrou seu estilo, neste livro de estreia. Aqui, lemos sobre descobertas e assombros, com protagonistas perseguidos por pesadelos ou intuições. Em muitas histórias, há uma atmosfera fantasmática. É o caso de "Alameda do Castelo nº 1824", o primeiro conto de Ângela que li - e que de imediato me fisgou. Em outros textos, abre-se espaço para "aquela náusea alegre que se quis chamar amor": são narrativas mais voltadas para poéticos encontros, sempre ligados a algum tipo de metamorfose, sutil ou visceral. (Tércia Montenegro, em Prefácio ao Livro)