Euclides da Cunha: autos do processo sobre a sua morte

Euclides da Cunha: autos do processo sobre a sua morte Walnice Galvão


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Euclides da Cunha: autos do processo sobre a sua morte





Esta publicação traz as peças do processo que primeiro incriminou e depois absolveu Dilermando de Assis pela morte de Euclides da Cunha, há cem anos. O trinângulo amoroso formado pelos dois e por Ana Emília Solon Ribeiro já ocupou páginas e páginas de revistas e jornais, e até mesmo virou série de televisão, mas o processo nunca havia sido publicado, apesar de sua enorme importância como documento tanto jurídico como histórico e sociológico.

Em 1909, Euclides levou um tiro certeiro de Dilermando, depois de entrar na casa deste para "matar ou morrer". Conhecida como "A tragédia da Piedade", em alusão ao bairro carioca onde ocorreu a tragédia, a história que marcou o fim do célebre escritor deixou o país chocado. O crime tomou as páginas de todos os jornais e, em pouco tempo, a punição de Dilermando transformou-se em uma questão nacional: a imprensa, a opinião pública e até mesmo o Tribunal de Justiça o incriminaram e inocentaram Euclides, comprometendo, num primeiro momento, a imparcialidade do julgamento. Dilermando ficou quase dois anos preso e, mesmo depois de sua absolvição, graças à brilhante sustentação da tese de legítima defesa desenvolvida por seu advogado, Evaristo de Moraes, passou o resto da vida sofrendo todo tipo de agressão.

No decorrer do processo, diversas testemunhas foram ouvidas. Seus depoimentos são um retrato de certo momento de nossa história e mostram como um mesmo fato e uma mesma situação podem ser descritos de maneiras diferentes, ao sabor do olhar, dos preconceitos e da vontade de quem fala. Os três depoimentos de Ana, por exemplo, são reveladores. Inicialmente, ela omite informações pessoais, como seu caso extraconjugal. Depois, conta detalhes íntimos da sua vida, inclusive de como lidou com a gravidez de seu primeiro filho com Dilermando, que masceria durante o seu casamento com Euclides. Da mesma forma, é emocionante ler as declarações de Solon, filho mais velho de Ana e Euclides, poucos dias depois de assistir à morte do pai.

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Thais
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