O Rio Grande do Sul vem apresentando uma dinâmica econômica sui generis entre os Estados brasileiros. A taxa média de crescimento de sua economia é muito similar à taxa nacional, de sorte que sua participação no PIB do país tem se mantido estável. Contudo, essa performance se impõe a partir de uma notável concentração territorial da população, da renda e das atividades produtivas. Enquanto a região nordeste do Estado, nucleada por Caxias do Sul, apresenta performances significativamente superiores à média nacional, as demais regiões do Estado beiram a estagnação.
O dinamismo insatisfatório da Metade Sul é público e notório, expressando-se em um processo já secular de perda de participação relativa na economia estadual. Mas os problemas enfrentados pela região Norte-Noroeste (malgrado algumas ilhas de prosperidade no mar do Planalto) não são menores. São tão-somente mais recentes.
Os dez trabalhos desta coletânea buscam mensurar e explicar dimensões distintas dessa peculiar evolução territorial. E o fazem a partir de uma metodologia inovadora, que permite a comparação da dinâmica de municípios e regiões homogêneas ao longo de décadas, a despeito das mudanças na malha municipal do Estado. O que permite que os resultados aqui expostos alcancem um público mais amplo, dialogando com as necessidades de administradores públicos e lideranças civis dos mais distintos rincões gaúchos.
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