Há diversas maneiras de suspeitar que o pensamento está condenado às generalidades (às descrições, ao que pode estar sujeito a normas, ao universal, ao geral pensado) e que, assim, não pode senão ignorar ou fazer violência ao que não cabe nelas. “Excessos e exceções” é um estudo dos muitos aspectos dessa suspeita e um conjunto de esboços de como dissipá-la. Trata- se de tentar projetar uma ontologia do que é descabido, excessivo e que escapa ao pensamento e que encontra maneiras de triscá-lo. O livro é composto por pequenos capítulos que se entrelaçam como em um mosaico e, assim, muitos capítulos são começos que apresentam a questão de uma maneira diferente. Esses capítulos discutem idéias de autores contemporâneos como Agamben, Butler, Davidson, Deleuze, Evans, Foucault, Guattari, Lévinas, Kaplan e McDowell. Assim, a obra discute com tradições contemporâneas em filosofia que raramente são consideradas simultaneamente, e procura, com isso, encontrar recursos para lidar com as muitas faces da questão de como o pensamento pode deixar de ficar indiferente à singularidade.