Exílio na ilha grande

Exílio na ilha grande André Torres


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Exílio na ilha grande





Prisões arbitrárias, exílios e torturas infindáveis. Esse era o universo instalado no Brasil pela ditadura militar, iniciada com o fatídico golpe de 1964. Várias foram as vítimas. Muitas delas denunciaram as ações de seus algozes por meio de relatos fantásticos e dolorosos em certo aspecto. André Torres, através do livro Exílio na Ilha Grande, faz o mesmo, sem se preocupar em citar nomes, mas descrevendo fielmente a duríssima vida em Ilha Grande, onde estava preso como rebelde subversivo. A descrição não se resume aos seus pares de carceragem ou aos pátios tristes das celas na ilha, mas também de seus arredores, externamente. A mata fechada que cercava impiedosamente a detenção e o mar, demasiadamente abarrotado de cações sanguinários – pior das barreiras naturais impostas aos pretensos fugitivos da ilha – os separavam do continente. Pior. Ainda havia os moradores nativos, que não relutavam em contribuir com o aparelho, denunciando – e em alguns casos, espancando – os fugitivos. Por fim, existia o medo do castigo por parte dos carcereiros. Como se vê, as adversidades para a concretização de uma fuga bem sucedida eram muitas.

Todavia, cheio da impavidez da juventude, o protagonista resolve arriscar. E não foi a primeira vez. A diferença e que agora, pareceu dar certo. Fugiu aos trancos e barrancos, suportando adversidades inimagináveis, o que lhe enchia ascendentemente de orgulho e coragem. A prova de fogo foi a perigosa travessia do mar rumo ao continente. Agora, naquela ocasião, os inimigos deixaram de ser os carcereiros, passando a ocupar tal posto os vorazes cações. O jovem se safa. Chega ao continente onde conhece um grupo suspeita.

A saga de André não pára aí. Torres mantém a sua postura rebelde, o que gera uma continua tensão nas páginas do livro. Tal obra também é valida como relato de um momento da história do Brasil.


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Resenhas para Exílio na ilha grande (3)

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achei um cu
on 29/6/21


Chato, maçante, recheado de achismos e conclusões problemáticas. Resumidamente: nada atrativo e não agregou em nada. Tenta passar uma ideia de autoajuda, puro charlatanismo que induz ao erro. Terminei mais por não querer abandonar o livro e entregar opinião sem fundamento.... leia mais

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Neilton
cadastrou em:
20/03/2009 10:29:30