A XI Assembléia do Sínodo dos Bispos (outubro/2005), gerou 50 proposições sobre a Eucaristia, e competiria ao papa publicá-las numa Exortação Apostólica, conferindo-lhes valor legal. Bento XVI decidiu publicá-las imediatamente, reservando-se o direito de retomá-las numa perspectiva que julga mais apropriada ao nosso tempo. Mais do que insistir na sua especificidade de sacramento, ou no dogma da presença real, que caracteriza a quase totalidade da literatura teológica dos últimos setecentos anos, Bento XVI focaliza no amor todos os aspectos da Eucaristia como centro do mistério da fé cristã e da liturgia da Igreja e expressão de uma vida em busca de Deus, além de todas as exigências jurídicas e morais em que se costumam deter os discursos sobre os deveres e os direitos dos cristãos.