Exu e a Ordem do Universo

Exu e a Ordem do Universo Síkírù Sàlámì (King)...


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Exu e a Ordem do Universo





Fala-se da divindade primordial, a partir de conhecimentos preservados no âmbito da tradição oral iorubá, mais precisamente, no corpus literário de Ifá: em odús, orikís, cantigas, rezas, saudações e evocações. A coleta de informações junto a babalaôs nigerianos e outras fontes orais fidedignas, demandou muitas viagens ao território iorubá, viagens essas realizadas pelo autor principal desta obra, Síkírù Sàlámì (King), doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, fundador e líder espiritual do Oduduwa Templo dos Orixás, espaço de ensinamentos e práticas da Religião Tradicional Iorubá (Mongaguá, SP. Brasil).

Para que essa obra pudesse vir a lume, ao longo de décadas perdurou um diálogo fecundo entre Síkírù Sàlámì (King) e sua co-autora, Romilda Iyakemi Ribeiro, doutora em Antropologia da África Negra e em Psicologia, pela Universidade de São Paulo. Terá sido excessivamente longo o tempo exigido para a realização dessa tarefa? Pensamos que não: é impossível discorrer sobre Exu sem uma vivência intensa e prolongada; não basta servir-se apenas um caminho racional para conhecê-lo: veredas acadêmicas certamente foram percorridas, mas, sem as múltiplas e variadas vivências ritualísticas não teria sido possível aproximar-nos, um pouco mais da compreensão dessa importante dimensão do Sagrado.

Exu. Será ele benevolente ou malévolo? Será o equivalente iorubá de Satã e do demônio das tradições judaico-cristãs e islâmica? Será o equivalente iorubá de Priapo, o deus fálico greco-romano, guardião das casas, praças, ruas, encruzilhadas, jardins e pomares? Considerando a já tradicional controvérsia relativa a natureza desse orixá incluímos entre os principais objetivos desta obra o de contribuir para ressignificá-lo, através da apresentação de seu lugar na teologia iorubá, dado que uma imagem distorcida de sua natureza e de suas incumbências vem se perpetuando em muitos países da diáspora iorubá. Seguindo rumo a esse objetivo recorremos ao corpus da tradição iorubá para evitar interpretações alheias a esse contexto.

O livro está organizado em três partes; Parte I Os iorubás: humano, divino e código ético-moral; Parte II Exu Aspectos teológicos e litúrgicos; Parte III Presença de Exu no corpus da tradição oral iorubá. Acompanha um glossário.

Desejamos que este trabalho contribua para desfazer estereótipos negativos sobre o orixá Exu, para um melhor conhecimento das matrizes iorubás de práticas sociais religiosas desenvolvidas em países da diáspora e para reflexões sobre teologias africanas e teologias de inspiração africana.

Axé! Láaróyè!
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on 18/2/22


Nós todos nós negros todos nós. Urdimos um fio na alvorada Com o mais negro da noite, e o primeiro beijo da aurora. Rubens Eduardo Ferreira Frias (1996) Em Exu e a ordem do universo, Síkíru Sàlámi King descontrói toda a imagem marginalizada que a divindade Esú ganhou erroneamente, onde muitos si refere, a mesma como um mal, ou até mesmo como o diabo do cristianismo. O autor adentra a obra, com um contexto colonialista, explanando a raiz de um preconceito cultural e racista c... leia mais

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Nalí
editou em:
07/04/2016 20:14:30

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