A Bertrand Brasil relança a obra-prima de Thiago de Mello, "Faz escuro mas eu canto". Homem sempre aberto aos anseios coletivos do povo brasileiro, o poeta, nascido em Barreirinha há 73 anos, é um andarilho. Nos versos "Os estatutos do homem", escrito no Chile em 1964, Thiago prega a liberdade e o amor entre os homens, em que todos trabalhem por uma vida verdadeira. "A liberdade será algo vivo e transparente, como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem." "Faz escuro mas eu canto" resgata os contornos verdadeiros das coisas e das almas: o amor ferido, as cantigas de roda, o açude, a fome, os sem-terra, entre outros. Em sua obra poética Thiago de Mello nos inspira coragem. "Faz escuro mas eu canto" reacende em nós a esperança de dias melhores.
Otto Maria Carpeaux: "Freud comparou o sonho a uma voz de criança que canta no escuro porque sente medo. 'O canto no escuro', de Thiago de Mello, ao contrário, nos inspira coragem. Sua poesia também é relógio: nos dá a hora do galo que anuncia a aurora.".