Fera de Macabu

Fera de Macabu Carlos Marchi


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Fera de Macabu


A História e o Romance de um Condenado à Morte




Na metade do século passado, em Macaé, cidade do norte fluminense, um homem entrou para a História do Brasil por protagonizar o que pode ser considerado o maior erro judiciário do país. Manoel da Motta Coqueiro, homem rico e com acesso aos poderosos, foi enforcado por um crime que jamais cometera. Quando D. Pedro II dimensionou a injustiça cometida, passou a perdoar todos os criminosos que lhe pediam a graça imperial. Nos últimos anos do Império, a pena de morte ainda existia legalmente, mas na prática nunca mais fora aplicada.

Este episódio, tão trágico quanto inusitado e fascinante, é relatado com extremo apuro e eloqüência pelo jornalista Carlos Marchi em FERA DE MACABU, lançamento da Editora Record. Fruto de uma exaustiva pesquisa histórica elaborada no tom cativante das melhores narrativas de romance, o livro revela-nos todos os fatos que culminaram na morte de um inocente.

Para elaborar uma obra tão importante, Carlos Marchi mergulhou numa pesquisa rigorosa, acessando as melhores fontes, incluindo a documentação oficial sobre o processo judicial. Durante o trabalho, Marchi deparou-se com o relato integral de uma conversa ocorrida na casa de Victor Hugo entre o dramaturgo francês e o imperador Dom Pedro II, ambos contrários à pena de morte. FERA DE MACABU contém descrições detalhadas das festas promovidas pelos ricos fazendeiros do norte fluminense, das negociações políticas entre as elites brasileiras da época, dos costumes dos escravos e, principalmente, da conspiração política que condenou um rico fazendeiro, mesmo inocente, à forca e à desonra. O autor também traça paralelos entre a maldição rogada por Motta Coqueiro, do alto do patíbulo, segundo a qual Macaé permaneceria estagnada economicamente durante cem anos. As reservas petrolíferas na região de Macaé começaram a ser exploradas exatamente um século após a execução.

Nascido em Macaé, Rio de Janeiro, em 10 de janeiro de 1946, Carlos Marchi foi estudante de Direito e Comunicação Social. Jornalismo desde 1970, trabalhou como repórter nos principais jornais brasileiros: Correio de Manhã, O Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil e TV Globo. Combateu ativamente a ditadura militar como militante de esquerda e sindicalista. Foi secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas. Em 1984, deixou o jornalismo diário para engajar-se na assessoria de imprensa do então candidato à presidência da República Tancredo Neves. Marchi foi presidente da agência noticiosa estatal brasileira (a antiga Empresa Brasileira de Notícias, hoje Radiobras). Depois de deixar o governo, dirigiu várias agências de publicidade. Em 1989 fundou uma empresa de consultoria e assessoria na área de Comunicação Social.

História do Brasil / Não-ficção

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Uma lenda que ainda permeia o imaginário popular macaense
on 24/11/20


A maldição proferida por Motta Coqueiro na forca, em que amaldiçoa Macaé por 100 anos, ainda hoje é lembrada pelos adultos e antigos da cidade. A morte injusta de um inocente acusado de um crime bárbaro e levado à forca, levou ,tempos depois, o imperador Dom Pedro II a banir informalmente a pena de morte no Brasil. Misturando toques de romance e dados históricos, Marchi adentra nas contradições do julgamento de Coqueiro e reconstrói o possível plano de vingança orquestrado por seu pri... leia mais

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João gregorio
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Louisergic
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25/01/2020 20:33:17

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