"A câmera de um documentarista ou o pincel de um pintor de cenas históricas são capazes de produzir imagens cujos significados muitas vezes extrapolam o caráter meramente especular que essas obras presumivelmente têm. Da mesma forma, entre os cortes propostos por um e os contornos assinalados por outro, com frequência camuflam-se suas próprias concepções do que é a história em sentido lato: sua representação do presente, que incorpora o passado e projeta uma ideia de futuro. Nos dois ensaios que integram este volume, Jacques Rancière demonstra como obras documentais, históricas ou simplesmente artísticas realizam uma partilha do sensível que é responsável por selecionar o quê o quem se releva ou se oculta". Editora Unesp
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