Michel Foucault, o arqueólogo do saber, resistirá ao tempo e se imporá como leitura obrigatória para as gerações seguintes ou ficará como mais um membro da extensa galeria dos chamados filósofos de estação, muito comuns após a Segunda Guerra Mundial e cuja trajetória de interesse se assemelha à dos cometas?
Seja qual for a decisão do futuro, Foucault trouxe para o palco do debate objetos de investigação pouco escolhidos até então. Seus assuntos (o sistema prisional, a doença mental, as formas do prazer sexual, por exemplo) bem poderiam ser catalogados como micro-assuntos e realmente o seriam se ele não os tratasse macrologiamente.
Neste livro, os autores tratam transdisciplinarmente de vários aspectos da contribuição foucaultiana às ciências.
"Sonho com o intelectual destruidor das evidências e das universalidades, que localiza e indica nas inércias e coações do presente os pontos fracos, as brechas, as linhas de força; que sem cessar se desloca, não sabe exatamente onde estará ou o que pensará amanhã, por estar muito atento ao presente".
Michel Foucault
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