Em pleno Verão de 199, num desarrumado estúdio de Nova Iorque, reúne-se um grupo de personagens dispostos a acompanhar Álik, um pintor judeu russo emigrado, nos últimos dias da sua vida. É talvez a morte anunciada mais divertida de toda a literatura, pois é, ao mesmo tempo, um hino à vida. Rodeado de amigos, antigas amantes e da vizinha Joyka, Álik deseja que a festa continue, enquanto Ninka, a sua mulher, pensa apenas em salvar-lhe a alma. Há duas semanas que Álik voltou do hospital, dizendo aos médicos que prefere morrer em casa. Deitado num sofá, «tão pequeno como se fosse filho de si próprio», Álik discute pintura com a pequena Maika. Entretanto, um padre ortodoxo e um rabino sucedem-se à cabeceira do moribundo e o encontro de duas crenças torna-se um episódio divertido, mostrando que, para Ulítskaia, as dúvidas metafísicas sobre a morte e a religião não são incompatíveis com o humor e a literatura
Ficção