Furiosa

Furiosa Ana Rüsche


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Furiosa





Depois de ver traduzido e publicado no México o primogênito Rasgada (2005), reeditado Sarabanda, Selo Demônio Negro (2007) e Ed. Patuá (2013), e receber o ProAc da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo pelo terceiro, Nós que adoramos um documentário (Ed. Ouriovesaria da Palavra, 2010), a escritora Ana Rüsche soma bons motivos para apresentar Furiosa, uma edição comemorativa.

Entre os revisitados, clássicos que marcam a voz da autora como Tempo de Guerra: “Pega meu corpo de boneca inflável/ e me acaricia na nuca,/ que eu não era uma/ Camélia prostrada/ e a Branca de Neve/ que conhecemos era só/ mais um vírus na internet./ Nós éramos a maçã”, que já teve versos pixado nas paredes da USP e pessoas o declamando na Praça Roosevelt. Ou ainda, o curto Eu vou te pegar: “isso é um fato, / o resto é futuro”. Seguido de alguns inéditos, mais recentes, que Ana reuniu na seção Inverno num país tropical, como vê se vem, #SP13j: quando o barulho engrossa / nem me vem com essa / de ficar no canto, tapando os ouvidos / tapar os ouvidos só faz com que / o barulho seja vc sozinho, todo o teu medo / e medo já temos bastante nessa cidade.

Engajada nas questões sociais da cidade, de ocupação dos lugares públicos, sempre envolvida com a produção e celebração da literatura, ao feminismo e à voz da mulher nos diversos âmbitos, Ana Rüsche incorpora essa vivência também em seus versos, como em trecho de Visibilidade total: “o que nos vale nessa hora / (em que já não há mais aflição, pois há anestesia) / é esta artilharia de ventos, / esta prece surda à saudade do porvir / é imaginar a saraivada certeira / das palavras impossíveis”. Ou ainda, em coríntios 13, #SP12j: “agora o amor-refém está numa salinha vigiada / por uma câmera e dois contadores, / enquanto o deus-empresário confere / seus lucros, suas pessoas / queria berrar / – pelo impeachment de deus! / mas sem amor / não falo a língua dos homens, nem a dos anjos / soa um som de metal que mais parece umas moedinhas”.

O bonito projeto gráfico do livro é assinado por Gabriela Castro, Gustavo Marchetti e Paulo André Chagas, integrantes do Bloco Gráfico. Em um tamanho confortável de manusear e com o miolo todo em duas cores, o livro sugere é desdobrado em quatro pequenos livros que juntos formam o Furiosa. A revisão foi feita pela poeta Lilian Aquino.

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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