Este livro presta uma homenagem ao futebol, música do corpo, festa para os olhos, e também denuncia as estruturas de poder de um dos negócios mais lucrativos do mundo.
"A tecnocracia do esporte profissional", escreve o autor, "foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte, aparece nos campos ainda, embora muito de vez em quando, algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que lança na proibida aventura da liberdade".
Não é preciso ser um apaixonado pela bola para apreciar esta saga. Basta se apreciar a grande literatura.
- Como a senhora explicaria a um menino o que é felicidade?
- Não explicaria - respondeu. - Daria uma bola para que jogasse.
(Pergunta feita por um jornalista à teóloga alemã Dorothee Solle).
Literatura Estrangeira