Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nasceu em 1935 em João Pessoa. Hoje é um cidadão anônimo que caminha pelas ruas de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Geraldo Vandré nasceu nos anos 60 e morreu em 1968. Morreu? Vandré vive. Nas canções, no imaginário de uma geração que o ouviu cantar no Maracanãzinho na noite de 29 de setembro de 1968: quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Veio um longo período de silêncio. Desde seu retorno ao país, em 1973, Geraldo tornou-se um enigma para o público. Suas músicas, no entanto, estão aí para que sejam reconhecidas e lembradas. Mais importante do que a polêmica é a obra. E aqui se propõe um mergulho no universo do criador. Acima das lendas formadas em torno de Vandré, está seu trabalho, que fica longe de se limitar a apenas uma – ainda que emblemática – canção. Ele desbravou festivais, pesquisou a cultura popular e apresentou caminhos para a música de seu país. É a história de um artista brasileiro. Vitor Nuzzi é jornalista. Nasceu em 1964, em São Paulo. Ouve música brasileira desde criança. Em uma dessas audições surgiram, para sempre, as canções de Vandré.
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