Em sua descoberta de mundo, a criança inventa usos bem originais para as coisas como pedra, chuva, ovo, varal... Tudo que existe tem que ter alguma utilidade, serventia. Nesta narrativa, todavia, descobre-se que nem tudo é assim... O que dizer da girafa, por exemplo? Alguém já parou para pensar para que serve aquele bicho de pescoço tão comprido? Será que é para trocar estrela queimada? E se perto dela estiver uma escada? A partir da visão infantil e da beleza dos desenhos de Graça Lima, o menino Aragão narra o misterioso e criativo mundo de descobertas da criança, que nem sempre se conforma com as respostas prontas e frases feitas dos adultos. Uma versão poética do mundo pode conceber a existência, a beleza e o prazer de viver como um valor maior do que qualquer utilidade prática.