Este ensaio constitui o primeiro capítulo de uma tese para titular da cadeira de História da Filosofia, na Faculdade Nacional de Filosofia, de 1965. O autor reviu-o posteriormente, mas nunca o publicou. Merece vir à luz agora, bem a propósito, incluído na Coleção Afrânio Peixoto, da Academia Brasileira de Letras, em comemoração dos 250 anos de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832).
Goethe é unanimemente considerado a maior personalidade da literatura alemã, seu maior poeta, grande também como dramaturgo, romancista e ensaísta. "Não só nos seus ensaios específicos de reconhecimento e voluntário conteúdo filosófico, como também nas suas máximas e reflexões, nas suas sentenças em prosa, nos seus provérbios, e – por que não dizê-lo? – nas suas poesias, nas suas obras literárias de ficção, nas suas conversações e nas suas cartas, são abundantes as diretrizes metodológicas e teóricas capazes de levar à construção de uma teoria do conhecimento goetheana", resume Evaristo de Moraes Filho, um dos muitos acadêmicos goetheanos, que além de jurista que é, destaca-se por sua extraordinária cultura filosófica, humanística e literária.