A Europa despertou da primeira guerra mundial como de um pesadelo.Para que tanto heroísmo se nunca triunfa a paz?uma vaga de pacifismo invadiu os ânimos,atormentados pelo ciclo infernal de violência e ruínas;era preciso que fosse a última aquela guerra atroz,"a última das guerras",cedendo o passo à paz tão ansiosamente esperada durante as sombrias horas do combate.Os dirigentes das grandes nações beligerantes tinham-no prometido solenemente aos seus povos.Esforçavam-se por cumprir a palavra dada.Mas a história,cujo curso pretendiam tão ambiciosamente dominar,breve acelerou o ritmo da sua marcha e rompeu,um atrás do outro,os diques destinados a contê-la.O isolacionismo dos Estados Unidos,a debilidade da Sociedade das nações,a inquietante ascensão para o poder das ditaduras totalitárias,eram outros tantos fracassos para os políticos das democracias ocidentais,que desesperadamente se agarravam à letra dos tratados e convênios.Apesar disso,outra vez o mundo volta a incendiar-se:na China,na Etiópia,na Espanha,onde se enfrentam já os inimigos de amanhã.Pode continuar a falar-se de paz numa Europa que vê ressurgir,ameaçadores,os fantasmas do terror?