Uma poesia que pode ocupar livro, parede, ruas, marchas, escolas, canções e gritos, que é um chamamento às mulheres, às minorias e a quem ousar viver a diferença como potência, a não recuar, a não voltar para o “casulo de novo, não mesmo”. Uma poesia da metamorfose.
Uma poesia que toma como força a percepção de um tempo que cresce no subterrâneo, “nas esquinas chamadas esperanças onde os sonhos dormem” nas margens, nas periferias. Uma poesia aliada àquelas e àqueles que se veem agora ainda mais ameaçados. É lá, nas ruas, nas esquinas, no meio desta gente, que se encontra Liliane; é lá que esta poeta apaixonada pisa, dança, caminha e canta seu canto de poeta, sem repousar suas asas passarinhas, mas provocando em nós, seus privilegiados leitores, o desejo de voar...
Fernanda Bortone
Poemas, poesias