Este livro constitui-se como uma pequena máquina de guerra que traça, com sua lâmina afiada, os contornos de um novo estado, de novos gestos, novas afecções e passagens. Livri que povoa o deserto, e ao mesmo tempo, desertifica o plano organizado do instituído, operando como planos de inscrição para novos movimentos enquanto ele próprio já se faz possível por todo um conjunto de condições que o tornou passível de ser pensado. Destituir a noção de grupo do caráter universal e unificado que insistiu e impregnou um modo de pensar e ordenar o social, além de dessubistanciá-lo para lançá-lo na trama de conexões rizomáticas e singulares, poderá nos levar a reconhecer um novo estado de conhecimento, mesmo que não esqueçamos que este não é mais do que o ponto melhor iluminado de uma zona movente que compreende, como nos diz Bergson, tudo o que sentimos, pensamos, queremos, em suma, tudo o que somos em um dado momento.