Consciente de seu distanciamento em relação às exigências internas da filosofia política de Hannah Arendt, a autora põe-se a perscrutar os limites que tal filosofia impõe Pás possibilidades da criatividade institucional no âmbito das sociedades democráticas contemporâneas. Não há dúvidas de que a experiência do século XX, e desse início lamentável de XXI, constituiu um campo fértil para desconfiarmos daquilo que se transformou a política liberal e democrática moderna. E também por isso a crítica arendtiana dos fundamentos da política moderna pode ganhar adesão. Mas como lidar, a partir dessa referência, com temas tão relevantes para a vida contemporânea com a elaboração das leis, dos pactos, da justiça, sem simplesmente excluí-los do alcance do conceito de política? Questão que, entre outras de igual importância, encontra-se neste livro, que constitui uma crítica informada e sem rodeios aos limites dos usos atuais da filosofia política de Hannah Arendt.
Filosofia