Hasteemos a Bandeira Colorida

Hasteemos a Bandeira Colorida Leonardo Nogueira...


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Hasteemos a Bandeira Colorida


Diversidade sexual e de gênero no Brasil




Este livro é uma bandeira hasteada para que os leitores e as leitoras possam entender e se posicionar frente à conjuntura atual na qual a temática da diversidade sexual e de gênero estão colocadas na vida de inúmeras organizações populares de classe e alguns partidos políticos de esquerda. Os 19 pesquisadores e militantes dos movimentos sociais e LGBT contribuíram para o avanço do debate com artigos que abordam, com algumas diferenças entre si, o tema da diversidade sexual e de gênero a partir de uma leitura histórico-crítica da realidade social e do panorama atual da luta de classes no Brasil. Esta coletânea representa o acúmulo construído no último período a partir de iniciativas da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF); do MST; de movimentos da Via Campesina, da Consulta Popular e do Levante Popular da Juventude.

O livro se subdivide em três partes fundamentais. Os artigos da primeira parte têm a pretensão de oferecer reflexões sobre os fundamentos materiais e históricos das relações de exploração e dominação que atravessam e submetem as pessoas LGBTs, situando a relação entre capitalismo, patriarcado e diversidade sexual; a relação com o racismo na formação do capitalismo brasileiro; assim como também oferecer considerações acerca da diversidade sexual numa perspectiva de emancipação humana. A segunda parte reúne artigos que buscam discutir uma série de pautas e problemáticas atuais próprias dos sujeitos LGBTs, abordando temas como a inserção no mundo do trabalho; a violência contra as pessoas LGBTs; a identidade de gênero e as vivências das pessoas trans; lesbianidade e processos de resistência. Finalmente, a terceira parte desta coletânea dedica-se aos processos históricos de resistência e organização LGBT, nos marcos da luta de classe, abordando também questões relacionadas à luta pelo Estado laico; a experiência social dos LGBTs Sem Terra e a sua participação na luta pela reforma agrária popular.

Cada uma das pesquisas revela a história real e concreta de organização das massas subalternas e suas reservas humanas de luta e resistência para fazer frente à misoginia, ao racismo, ao sexismo e à exploração. São histórias reais com seus acertos e com seus equívocos, com seus ensaios de auto-organização e com sua autoformação, mas com a certeza de que se fortalece a resistência à opressão e a conquista de uma sociedade emancipada, sobretudo, com relações materiais e ideológicas que organizam a produção e reprodução social – para além das tensões, disputas e sofrimentos que as relações patriarcais, sexistas, racistas e de exploração possam causar nas relações interindividuais. Diante do desafio de construir uma nova vida, livre de opressão e exploração, os diversos movimentos LGBTs, muitos dos quais responsáveis por terem enriquecido as bandeiras vermelhas rumo ao socialismo, são convidados a participar das lutas gerais dos movimentos populares. Com esta ousadia, é possível imaginar a construção de novos horizontes para o livre exercício da sexualidade e das identidades de gênero, numa sociedade não mais fraturada pelo antagonismo de classes, não coagulada numa relação antagônica entre os sexos, não dilacerada pela subordinação étnico-racial ou a opressão das mulheres. Esta publicação militante convida à luta: hasteemos a bandeira colorida para construir desde já a poesia do futuro!

LGBT / GLS / Política

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