Na sua crítica ao antropocentrismo ocidental, Heidegger transferiu todas as faculdades humanas para o ser, indo, deste modo, tão longe quanto possível (talvez até demais) rumo a um inquietante desapossar da subjectividade. Quem pode negar que é no seu mundo e na sua época que o homem encontra as suas possibilidades e descobre a sua identidade? Mas onde está, nesta definição, a relação com a natureza, com a vida, que certificava uma tradição de mais de vinte séculos - relação essa actualmente tão ameaçada? Um ensaio fundamental que tenta situar a verdade do homem num entrelaçamento entre uma dimensão mundial, institucional, da linguagem e uma vertente terrestre, carnal e silenciosa.
Fonte: http://books.google.com.br/books/about/Heidegger_e_a_ess%C3%AAncia_do_homem.html?id=HHOIAAAACAAJ&redir_esc=y