Herácltio

Dizem as más línguas (aquelas línguas boateiras, alcoviteiras e que só têm o mérito de atiçar anarqueologias intrépidas ) que Heráclito não morreu de hidropsia, mas que sobreviveu por milênios. Ele teria circulado primeiro pela Jônia, depois pela Grécia e, posteriormente, pelo resto do mundo pensando, repensando e "despensando" sua aversão ao fixo e as estagnado. É preciso, dizia ele quando estava prestes a mudar de ares, trocar a agua do aquário. Foi Andarilho pela Frísia, pela Ligúria, pela Bahia e esta desaparecido depois de ter passado alguns anos em Deir Al Balah (Gaza). Sempre rescrevendo seu livro sobre a Política de todas as coisas, a que se chamou uma vez "Perí physeos" e depois "Sobre a natureza", após milênios de traduções feitas por más línguas e línguas ainda piore. Heráclito gostava dos ambientes de menor credibilidade. Até por isso escuta-se às vezes que ele foi visto alhures recentemente, transfigurado em gênero e número. Mas não foi possível reconstituir seu livro, tal como ele o teria concebido nos seus últimos anos de vida (conhecida). Depois de bombardeios sobre sua casa em Gaza, só foi possível recuperar com fidelidade em torno de 327 fragmentos, entre os quais os 126 conhecidos.
Este livro é produto de um esforço anarqueológico para trazer a luz novos fragmentos - formando ainda as obras incompletas do Obscuro. Além dos fragmentos , ele reúne textos apócrifos e doxografias de autores em sua maioria brasileiros que se esforçaram para refletir sobre o legado recém-descoberto de Heráclito. Os organizadores, cientes de toda limitação, mesmo do mais rigorosos métodos anarqueológicos, levaram a cabo um exercicio de articulação do pensamento do Obscuro. Este é umum pensamento que surge da avalanche dos regimes de verdade para focar, ainda que de soslaio e no meio desta an-narché, o logos - aquele que demanda que sejamos like a rolling stones.

Filosofia