Antes de se tornar presidente, Hermes da Fonseca havia sido ministro da Guerra. Em ambos os cargos, dedicou-se a reformar as Forças Armadas, mas a principal missão dessas tropas “modernizadas” foi reprimir movimentos sociais populares como a Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado. Quando não, eram usadas para fraudar eleições, prender oponentes e colocar homens “de confiança” nos governos estaduais, além de cumprir o estado de sítio nas vezes em que foi decretado.
Com o aumento da população urbana, as oligarquias tiveram que enfrentar em 1910 a primeira corrida eleitoral realmente competitiva da República: o marechal Hermes contra Ruy Barbosa. O país também assistia ao surgimento de um movimento operário forte. Os militares, por sua vez, buscavam mais protagonismo, descontentes com a corrupção que impregnava o poder civil. Em alguns anos surgiria o tenentismo, apoiado por Hermes da Fonseca.
Todas as forças que iriam construir o “Brasil moderno” já estavam se movimentando sob os pés do oitavo presidente. Conhecer a época de Hermes da Fonseca é conhecer o início do fim da Primeira República.
História do Brasil