Para fazer parte do mundo à nossa volta, nossa primeira iniciativa é tentar entendê-lo, dominá-lo. Com os gregos antigos não foi diferente. Eles ainda não tinham uma ciência preparada para explicar o calor do Sol, a escuridão da noite, as tempestades. Mas imaginação eles tiveram de sobra para criar um panteão de deuses, monstros e heróis que, de alguma forma, justificassem as ações humanas (as nobres e as más), as mudanças climáticas, a vida, a morte — ou seja, todo o movimento do mundo que precisavam compreender. E esses deuses não eram próximos dos homens apenas na aparência. Eram semelhantes, principalmente, nas atitudes, muitas vezes mais humanas do que divinas. E, muitas vezes, engraçadas — mas sempre interferindo no dia-a- dia dos mortais.
Diferentemente dos outros livros do gênero, este apresenta a mitologia grega como uma aventura. O leitor acompanha os diálogos entre eles, as disputas, as atitudes heróicas, e assim conhece a personalidade de cada um. O livro traz diversas ilustrações dos deuses, o que aproxima o leitor da obra. Além disso, os desenhos — assinados por Ramon Muniz — possuem um traço moderno, o que resulta em uma jovialidade rara nas obras que tratam da mitologia grega.