História Geral do Anti-semitismo

História Geral do Anti-semitismo GErald Messadié


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História Geral do Anti-semitismo





Por que o anti-semitismo? Os judeus são perseguidos há mais de dois mil anos e até hoje ninguém deu um esclarecimento convincente para tal perseguição. Dezenas de obras já foram publicadas sobre o tema, algumas infundadas, outras bem fundamentadas, mas no Terceiro Milênio a questão ainda continua sem resposta para muitos estudiosos e interessados.

Gerald Messadié, autor dos best-sellers Sócrates e Xantipa: um crime em Atenas e da Série Moisés, entre outros, pesquisou detalhadamente o assunto, e o resultado de sua investigação está em História Geral do Anti-Semitismo. Segundo ele, até o momento todas as explicações propostas foram globais, ou seja, reducionistas e falsas a mais ou menos longo prazo. "De fato, não existe um só anti-semitismo, mas diversos; e é esse o objetivo deste livro. A história do anti-semitismo está atrelada à história do mundo ocidental e pode ser dividida em três períodos diferentes: greco-romano, cristão e moderno." Da Grécia e de Roma à Europa dos totalitarismos, passando pela Idade Média, vão-se desvendando os três mais importantes movimentos anti-semitas que inquietam a consciência contemporânea e que são aqui decifrados em suas singularidades.

Para o mundo greco-romano, o judaísmo teria o papel magistral e subversivo de arrancar a divindade do imaginário humano: o poder supremo do Universo não mais podia ser concebido, nem descrito, nem nomeado. O judaísmo ofendia por sua recusa da Imagem, isto é, de todo o sistema religioso antigo. Já no Cristianismo, o conceito Filho de Deus, essencial para ele, equivalia a uma blasfêmia para os judeus. Mas os judeus não voltaram atrás, e os cristãos, tão logo investidos de poder temporal, os tacharam de impiedosos, sem consideração por sua dívida fundamental com o judaísmo, o conceito de Deus único. E o antijudaísmo se transformaria em anti-semitismo.

Já o anti-semitismo moderno, especificamente o nacionalista, teria germinado dentro do conceito de Estado-Nação formulado pela Revolução Francesa. Os Estados-Nação rejeitaram os judeus sob a alegação de não participarem da cultura identitária nacional, de serem cosmopolitas em excesso para serem cidadãos leais. Para Messadié, trata-se de uma contradição histórica, pois significa considerar os judeus culpados de suas próprias expulsões. Imperialista, religioso ou nacionalista, o anti-semitismo em suas manifestações chocou-se sempre contra o mesmo rochedo: o judaísmo. Os judeus resistiram e sua religião perdurou. "Minha ambição foi apresentar ao leitor comum uma história racional do anti-semitismo: é a única maneira de oferecer a cada um as chaves de uma síntese. Não temos necessidade de fatos novos, mas sim dessas chaves."

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19/07/2009 01:56:21

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