Afinal nós não apenas lemos os livros, nós vivemos com eles. Isso é civilização. Livros têm um valor social.
Eric J. Hobsbawm
A frase lapidar de Eric J. Hobsbawm em epígrafe nos chama a atenção para o caráter social deste artefato — o livro. Logicamente, vem atrelada a responsabilidade social da universidade e de seus professores quando o livro é gestado nesse ambiente. Mais do que ler, viver e identificar o valor social de uma obra acadêmica, penso nos processos anteriores de “pôr um livro no mundo”.
Nesse sentido, é preciso que recuperemos um pouco da trajetória trilhada no Curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), notadamente nas disciplinas de Historiografia Brasileira, História do Brasil II e História do Brasil III, desde o ano de 2011, procurando criar uma cultura de publicação de livros com alunos em final de formação. Portanto, completa-se agora uma década de trabalho. Não que isso tenha um pendor civilizatório, ou mesmo de incrementar os currículos de alunos para cursos de educação continuada ou pós-graduação. Mas proporcionar o gosto, o prazer de ver a palavra impressa encerrada num volume, de experimentar a sensação da autoria — de uma noite de autógrafos, talvez — ou de ter contribuído para colocar seu município no “mapa historiográfico” do estado do Ceará, muitas vezes trazendo algo inédito sobre esse município, ou lançando novas luzes, questionamentos de algo já registrado nos anais da História.
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