Rodrigo, de um ano, sempre escutava o LP do Palhaço Carequinha. Ewerton, de quatro anos, tinha um brinquedo predileto: o Ursinho Pimpão. Vivian, três, dormia todas as noites com uma flor de pelúcia. Tiago, 12, gostava de jogar bolas de gude. Bruna, quatro, adorava animais.
Alguns desses nomes fazem parte de uma estatística alarmante: a de crianças desaparecidas. Porém, o número de menores que simplesmente sumiram e nunca foram mais vistos é multiplicado pela quantidade de membros em cada uma de suas famílias. O problema afeta e modifica inúmeras vidas.
Os familiares guardam, até hoje, a lembrança da última vez em que viram a criança. Recordam, também, tudo aquilo de que ela gostava, o temperamento, seus trejeitos. Esperam, ainda, a volta de alguém que modificou suas vidas para sempre.