A mídia tem o poder de agendar assuntos sobre os quais os indivíduos devem se preocupar, o que contribui para a construção de sentidos que não representam a realidade de forma linear. Este livro visa a mostrar como o discurso jornalístico elabora significações que levam a audiência a acreditar que crimes bárbaros são comuns e se repetem cotidianamente. A forma como a imprensa noticia crimes (como os do menino João Hélio, da menina Isabella Nardoni, da atriz Daniela Perez e outros analisados neste livro) leva a uma hiperbolização dos fatos relacionados a crimes violentos, produzindo como trauma coletivo o medo dos indivíduos de serem vítimas de ações violentas a qualquer instante de suas vidas.
* Este livro é o quinquagésimo quarto volume da Coleção Teses e Dissertações e nasceu de uma tese de doutorado em Sociologia.