Honorato,o bom - deveras

Honorato,o bom - deveras Carlos Newton Júnior


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É de admirável requinte estilístico a descrição do cangaceiro, seus trajes, o punhal, a pistola, o lenço de seda em volta do pescoço, a epopéia do Cangaço, o Rei à frente. O delírio de Rompe - Ferro sela a grandeza mítica, heróica , do "soldado do povo". [ ... ] observo leitura de Lorca, " verdes ramas, verde vento ', como noto na saga de Lampião o Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.Há um memorialismo nos casos contados que me leva a pensar em romance histórico, personagens reais de grandeza renascentistas no século XX. [ ... ] noto influência de João Cabral de Melo Neto nas frases curtas 9 ou versos ): " Era um único ponto, a part8da e a chegada "; " a cabeça do amigo, inerte, degolada"."Levino tinha que permanecer vivo,ao menos na boca do povo ", lembra a legenda de Cid, o Campeador. A altivez metafórica no início do capítulo 17 lembra a Odisséia.A morte do Honorato é de rara beleza.A pedra angular, omphalos, remete ao Aleph, de J .L.Borges. È uma leitura do mundo. A indumentária, o aparato, as condecorações dão a Lampião a certeza de retomar no Sertão a tradição épica dos torneios medievais, tendo como fundamento teleológico a Liberdade.
Foed Castro Chamma

Ficção / Literatura Brasileira

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