“Pois a essência do homem é o agir. Quanto menos especular sobre si mesmo, mais activo ele é. A sua actividade mais nobre é aquela que não se conhece a si mesma. Mal se torna objecto para si mesmo, já não é o homem todo que age, suprimiu uma parte de si mesmo para poder especular sobre a outra. O homem não nasceu para dissipar a sua força espiritual na luta contra a fantasia de um mundo imaginado por si, mas sim para exercitar as suas forças em face de um mundo que tem influência sobre si, que lhe faz sentir o seu poder e sobre o qual pode reagir; portanto, entre ele e o mundo não deve existir qualquer abismo, entre ambos deve ser impossível o contacto e a acção recíproca, pois só assim o homem se torna homem. Ordinariamente, há no homem um equilíbrio absoluto das forças e da consciência. Mas ele pode suprimir este equilíbrio por liberdade, para o produzir novamente por meio da liberdade. Mas só há saúde no equilíbrio das forças.”