Isabel Lustrosa é daquelas historiadoras que parecem inspiradas pelos narradores populares. Escreve como quem vai contando, lembrando de um detalhe ou de outro, e o resultado é que o leitor é levado para onde a autora quer. Desta vez o convite é para conhecer a história da Independência nacional, de um prisma diferente: o olhar da imprensa que surgia nesse mesmo contexto. Em 1808, D. João VI trouxe sua corte para o Brasil, mas tratou de proibir a circulação de jornais brasileiros. Os anos que se seguiram, porém, não arrefeceram as discussões entre liberais e monarquistas e, no período de 1821 a 1823, os jornais retomaram o seu lugar e se transformaram na arena em que se discutiu o futuro do país. Isabel Lustosa mostra neste livro uma outra visão do 7 de setembro às margens do Ipiranga e explica como nobres, anônimos e poderosos usaram as páginas de jornais, muitas vezes de forma não muito civilizada, para conseguir a nossa independência.