Como o regozijar de pássaros de múltiplas cores e variados cantos recitamos nós, os poetas do "Grupo Itá", a flor de nossos versos. Diferentes estilos arraigados à simplicidade que norteia cada encontro, somados à sensibilidade que aflora resoluta entre as pedras que lapidamos revelam-se numa somatória de ritmos e emoções.
Ah! A leitura das atas poéticas, cheias de líricas revelações de cada amplexo de poesia! E as tardes acaloradas pelo ensejo de se moldar um sonho: o esboço de um corpo de palavras que revelem as sementes depositadas ao longo dos dias somados nessa irmandade literária!
Apresentar o invólucro dessa ternura que reveste nossos sonhos é como apresentar ao mundo um filho que nasce ou um tesouro resguardado urgindo revelar seu brilho.
A cada página um delicioso descortinar de imorredouras manhãs.
Cada poeta apresentando por suas obras torna-se cúmplice de olhares que extrapolam a mesmice e buscam o passo leve da terra, do vento, do verde!
A somatória de estilos e a beleza dos versos parecem moldar um desejo de liberdade. Talvez seja um olhar de Narciso, amando o reflexo de sua própria criação. Talvez um olhar contemplativo de pássaro agigantado pela possibilidade de voos mais altos. O certp é que "Itá" apresenta suas páginas de ouro para que sejam colhidas, acolhidas, reveladas, semeadas, aplaudidas! Com certeza surgirão outras tantas obras e as pedras se revelarão tesouros de descoberta.
- Teresa Cristina Lopes
Literatura Brasileira / Poemas, poesias